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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CURIOSIDADES SOBRE EL MEXICO!!!



O nome oficial do México é Estados Unidos Mexicanos.

O México é dividido em 31 estados e um distrito federal – a Cidade do México. A área metropolitana da Cidade do México é uma das maiores do mundo, com mais de 20 milhões de habitantes.

Você sabe o significado das cores da bandeira do México? Então, anote aí: o branco simboliza a esperança, o verde significa unidade e o vermelho representa o sangue dos heróis nacionais.

O brasão no centro da bandeira mexicana tem origem em uma lenda asteca sobre a fundação de Tenochtitlán, sua antiga capital. Segundo a lenda, os astecas, então um povo nômade, fundou a cidade em um local onde foi vista uma água pousada sobre um cacto e com uma cobra no bico. A visão foi interpretada como um sinal do deus da guerra Huitzilopochtli. Erguida em uma região pantanosa, a cidade deu origem a atual Cidade do México.

Tenochtitlán foi fundada em 1325 e contava 300 mil habitantes em 1519, quando chegaram os primeiros colonizadores espanhóis. Era a maior cidade da época, maior até do que Paris e Veneza.

A Cidade do México está afundando 20 cm por ano! Tal constatação preocupa o governo, pois isso torna a capital mexicana sujeita a enchentes.

Apesar da língua oficial ser o espanhol, são faladas 62 línguas indígenas no México. Detalhe: a maior parte da população mexicana tem antepassados indígenas (mais da metade é mestiça).

Os estados norte americanos da Califórnia, Arizona, Texas e Novo México foram parte do território mexicano até 1848.

Originária do México, a raça de cães Chihuahua recebe o mesmo nome da região de Chihuahua.

O chocolate é originário do México e América Central. De lá, o fruto conquistou a Europa e todo o mundo. Seu nome vem de tchocoatl, um líquido escuro feito com cacau pelos astecas. As sementes do cacau eram usadas como moeda pelos astecas. Bastavam cem sementes para comprar uma escrava.

Os mexicanos comemoram o Dia da Criança (Dia del Niño) em 30 de abril.

Considerada Padroeira do México e das Américas, Nossa Senhora de Guadalupe é a santa mais venerada do país. O dia de Nuestra Señora de Guadalupe, 12 de dezembro, é feriado nacional. As celebrações atraem, todos os anos, mais de um milhão de pessoas. Muitos peregrinos participam das missas e procissões vestidos de palhaços. Existe até uma procissão só de palhaços a Basílica da Virgem de Guadalupe, na capital mexicana.

Uma das celebrações mais populares do México é o Dia dos Mortos, em 2 de novembro. Ao contrário dos brasileiros, que lembram os mortos com flores, missas e procissões, os mexicanos fazem uma verdadeira festa. As festividades começam em outubro e seguem até a primeira semana de novembro. Os mexicanos oferecem água, flores, velas, guloseimas e todos os bons frutos obtidos durante a ausência do morto. É uma data em que os vivos se aproximam dos mortos e vice-versa. Os túmulos são sempre limpos e decorados com coras de flores. Vendem-se muitos produtos alusivos à morte, quase todos em forma de caveira. As crianças adoram os crânios de açucar. O Dia dos Mortos é de riso e diversão. Dois dos ditados mais populares relativos à data são: “Ao morto o poço e ao vivo o gozo” e “Ao morto a sepultura e ao vivo a travessura”.

A culinária mexicana é uma das mais diversificadas do mundo. Nasceu na mistura do europeu com o ameríndio, apesar de boa parte de seus pratos serem de origem pré-colombiana. As “delicias” mexicanas mais conhecidas são o taco, o burrito, o nacho, a tortilla e o chili.

Conhecida no mundo todo, a tequila é um destilado feito a partír do sumo de uma planta chamada “agave tequilana” ou mescal. A planta é cultivada principalmente no estado de Jalisco, no povoado de Tequila, onde se encontram a maior parte dos fabricantes.

Grande parte das novelas importadas pelo SBT foram produzidas pela emissora mexicana Televisa (a Globo de lá). As novelas da Televisa que fizeram mais sucesso no Brasil foram Carrossel, Luz Clarita, Maria do Bairro, Rebelde, Marimar, Chispita, A Feia Mais Bela, O Diário de Daniela e a cult Os Ricos Também Choram. Os seriados Chaves e Chapolim também foram produzidos pela Televisa.

Para a galerinha do 8º ano!!


Tenochtitlán, a capital asteca (Um império construído sobre um lago)

Cláudia de Castro Lima | 01/02/2004 00h00

Armadilhas

Tenochtitlán é daquelas cidades que pessoas como Indiana Jones gostam de explorar por que tem armadilhas em cada esquina. Andar em Tenochtitlán é ter que enfrentar buracos surgindo sob seus pés, dardos venenosos voando em seu pescoço, pedras gigantes rolando querendo te esmagar, câmaras trancadas com ar venenoso sufocante, lanças surgindo da parede e atravessando seu coração, isso sem contar com os fantasmas e múmias que procuram incessantemente por corações humanos.

A maior cidade do mundo do século 16 não era Veneza nem Paris, mas Tenochtitlán, no atual México. A capital do império asteca, fundada em 1325, era habitada por 300 mil habitantes em 1519, quando os espanhóis chegaram. Grande parte do que se sabe sobre ela – desde a majestosa arquitetura até o avançado sistema de agricultura – veio das cartas dos conquistadores espanhóis, liderados por Hernán Cortez. Bernál Diaz de Castillo, um dos soldados de Cortez, conta que as localidades próximas se ligavam a ela por estradas retilíneas, e tudo era abastecido por um sistema de água potável que vinha de aquedutos nas montanhas. Tudo isso, além dos templos aos 18 deuses astecas, havia sido reconstruído por volta de 1500, quando Tenochtitlán foi devastada por uma inundação. Ou seja: quando chegaram os espanhóis, encontraram uma cidade novinha em folha.

Cidade eterna

Depois dos espanhóis,a capital asteca virou ruínas em três anos
Era Sexta-Feira Santa de 1519 quando o espanhol Hernán Cortez chegou com mais 600 homens na costa do México. Montezuma II os recebeu e os hospedou em seu palácio. Um ano depois, o rei foi morto por aqueles que acolheu. O conhecimento asteca não foi páreo para o aço, a pólvora e a ganância dos espanhóis que, em menos de três anos, transformaram Tenochtitlán em ruínas, construindo sobre ela a atual Cidade do México. Mas muitos dos descendentes dos astecas, os nahua, vivem hoje em casas como as dos ancestrais. A cozinha tradicional foi preservada, assim como o artesanato e a língua nahuatl – falada por mais de 1 milhão de pessoas.

 

1. Mãe terra
Os astecas mantêm hortas em casa – os nobres cultivam flores e cacau – e, em larga escala, plantam em terras coletivas, nos vales ou em canteiros nas montanhas, onde matéria orgânica do fundo do Lago Tezcoco é usada como adubo
2. Esporte é sagrado
Tudo o que os astecas fazem tem um fundo religioso, incluindo os esportes. O jogo mais popular é o tlachtli, no qual os atletas têm de fazer uma bola de borracha passar por um aro num dos lados do campo. Quem perde pode ir para o sacrifício, literalmente
3. Professores
Os sacerdotes lecionam nos calmecac, as escolas astecas de história, religião, artes de guerra, matemática, medicina, astrologia e direito. São ainda os escribas e astrônomos. Mas sua prinscipal atividade é, claro, religiosa: eles fiscalizam se as cerimônias são feitas como os deuses mandam, interpretam os sinais da natureza e comandam os rituais de sacrifício
4. Pais e filhos
Os homens passam o dia fora e as mulheres cuidam das casas, costuram e educam os filhos. Varrer é uma obrigação religiosa, pois ajuda os deuses a purificar o mundo. As meninas aprendem isso aos 13 anos. Já os meninos ajudam o pai a pescar. Quem não se comporta é castigado: crianças desobedientes podem ser flechadas e até atiradas ao fogo
5. Classes sociais
Chamados de tlacotin, o trabalho escravo é um forma de pagar impostos. Ser escravo é também a punição para criminosos. Acima dos escravos vêm os camponeses, ou macehualltin, as famílias pobres que produzem comida para os nobres (os pipiltin) e constroem templos e estradas. Os comerciantes (pochteca) formam uma camada à parte: têm seu próprio deus
6. Dinheiro e chocolate
Os astecas adoram fazer compras. Todos os dias, cerca de 60 mil pessoas vão ao mercado de Tlatelolco. Nele, legumes, carnes, ouro e escravos estão à venda. O dinheiro usado é o grão de cacau, tão valioso que circulam “moedas” falsas, feitas de farinha. Apenas os nobres bebem uma infusão de grão de cacau com mel, chamada chocolate
7. Montezuma é deus
O líder asteca é Montezuma II, o tlatoani, uma espécie de deus na Terra. Ele passa a maior parte do tempo na piscina do castelo. Quando é visitado por nobres, exige que tirem suas roupas finas e seus sapatos e usem mantas baratas. Além disso, proíbe que o olhem nos olhos e que lhe dêem as costas. Para sair de sua presença, só andando de marcha à ré
8. Objetos de desejo
Ouro e prata não são usados como moeda, mas como objetos de devoção – estão em todas as imagens de deuses da cidade. Também compõem as jóias usadas pelos nobres nos lábios, no nariz e nas orelhas. Esses enfeites têm pedras preciosas e penas – estas têm tanta importância nas roupas que a indústria de penas é uma das maiores da cidade
9. Carga pesada
Não existem animais de carga, por isso, de grãos a pessoas, tudo é carregado nos ombros. Nobres e comerciantes ricos andam de liteira e os pacotes comuns são atados à cabeça. Para viagens, no entanto, são precisos passes especiais. Os únicos autorizados a cruzar as fronteiras são os comerciantes – que portam armas e, às vezes, acabam em guerra com outros países



Tenochtitlán foi batizada com esse nome por que era de difícil pronunciação. Então, toda vez que o general inimigo planejava invadir a cidade, frequentemente confundia os nomes e invadia cidades vizinhas com nomes semelhantes como Tenochtlán, Tenochtián, Techtitlán ou Tetitlán.
Tenochtitlán por sua vez foi a cidade mais avançada do mundo em sua época, contando com arquiteturaimpossível de erguer trambolhos imensos flutuando no lago, além de primorosos serviços de saneamento básico com privadas que dão descarga (inveja para os europeus que cagavam na moita ainda), chuveiros e banheira para toda a população e um sistema de dessalinização e filtração de água. Tenochtitlán Parecia uma cidade vinda de um RPG.
Com conhecimentos de astronomia, os astecas eram maníacos por construir suas pirâmides alinhadas com todo o tipo de constelação só para tirar onda.
Tenochtitlán apresenta sua fachada vermelha em virtude da quantidade absurda de sangue derramado na região.
A cidade porém foi destruída não se sabe qual razão pela Inquisição Espanhola que não perdoou esse povo infiel.
Esta cidade Asteca apresentava um gigantesco conjunto arquitetônico, no qual se destacavam a "pirâmide do Sol" (60m de altura, 225m de lado na base quadrada, resultando em 1 milhão de metros cúbicos de terra revestida de pedra) e a "pirâmide da Lua" (42m de altura, 1600 m² na base). 

Os Astecas construíram a pirâmide dos Ninchos de El Tajin, com 365 ninchos, um para cada dia do ano, e a célebre "pedra do sol", um imenso calendário solar.

As origens do Império Asteca
Folha Imagem/Giovana Girardi             

A pirâmide do sol, nos arredores da Cidade do México


    

 
Localização do império asteca no mapa atual.


Agricultura asteca:
Como a região do lago Texcoco na época era um grande brejo, os astecas superaram as dificuldades de plantio na região com um sistema chamado de chinampas. Uma esteira era colocada sobre as áreas alagadas, e a fértil lama do brejo servia para adubar as plantações.
Plantavam muito milho, tabaco, feijão, abóbora, tomate e pimenta, além do cacau, que era a base de uma bebida conhecida como xocoatl, que foi a precursora do famoso chocolate. Na figura ao lado, uma representação do ritual de bebida do xocoatl. As sementes de cacau também eram utilizadas como moeda de troca.
Nas outras regiões do império o plantio era simples. Aliás, os dois pilares econômicos dos astecas eram a agricultura, em parte de subsistência, e o comércio. Mas o papel dos comerciantes e artesãos vamos falar aqui embaixo.
Organização social e política:
Havia o imperador, que também era o chefe do exército. Abaixo dele a sociedade era hierarquizada: sacerdotes e chefes militares compunham a elite da sociedade, seguidos pelos comerciantes e artesãos. Mais abaixo estavam os camponeses e os trabalhadores urbanos. Á excessão da elite, os astecas pagavam tributos ao imperador e podiam ser convocados a qualquer momento para trabalhos públicos – construção de pirâmides, canais de irrigação, estradas etc – , semelhantes ao sistema que era implantado na área do Crescente Fértil, por exemplo.
Os artesãos e comerciantes também exerciam um papel importante na sociedade. Enquanto uns produziam, outros eram responsáveis por transportar e vender as mercadorias em diversos pontos do império. Os comerciantes, por sua vez, por andarem pelas estradas do império, às vezes serviam como espiões do imperador, e eram isentos de impostos.
Havia também uma pequena classe de escravos, que nada mais eram que inimigos capturados em batalhas e que não eram mortos, mas serviam à administração militar e também auxiliavam nas obras públicas.
A religião e o conhecimento científico dos astecas:
Eram politeístas, adorando diversas divindades que, por vez tomavam formas humanas ou de fenômenos da natureza. Tinham o costume de realizar sacrifícios humanos para aplacar a ira dos deuses ou aumentar a produção agrícola. Acreditavam que o sangue humano deveria ser oferecido ao Sol, para que o mundo não parasse.
Apesar de apresentarem características religiosas normalmente classificadas como bárbaras, os astecas eram bem desenvolvidos cientificamente para a época. Tinham um calendário próprio e relativo conhecimento astronômico. Sua escrita era pictória, formada por desenhos que representavam a fala.
Na medicina – exercida pelos sacerdotes – apresentavam relativo conhecimento da anatomia humana e sabiam do efeito de diversas plantas usadas para cura. Havia também o estudo específico de determinada enfermidade, o que leva a crer que os sacerdotes eram especialistas em curar certas doenças. Sabemos disto pois nos sítios arqueológicos espalhados em várias cidades os arqueólogos encontraram representações específicas de tratamentos que eram realizados apenas naquele sítio aqueológico, não sendo mais observado em outros sítios.
O declínio do império asteca:
Como já foi citado, a chegada do espanhol Fernando Cortés – ou Hernán, ou Hernando, encontramos citações do conquistador com estas três grafias – dizimou quase que completamente o império asteca.
Além de matar pelo ouro, que existia em abundância entre os astecas, os espanhóis também espalharam – sem querer, claro – doenças que ajudaram a matar milhões de nativos. Com o tempo, ao lado das grandes cidades foram construídas outras, habitadas gradativamente por espanhóis – chamados de chapetones – e mais tarde os criollos – filhos de espanhóis nascidos na América. A Cidade do México é um bom exemplo desta ocupação: o sítio arqueológico de Tenochtitlán fica bem próxima da cidade, que com o tempo cresceu e ocupou todos os espaços em volta.
Hoje em dia só restam ruínas do povo asteca, que já foi um dos maiores povos a existir na América antes da chegada dos europeus.
As civilizações que se desenvolveram na América antes da chegada do colonizador europeu, as chamadas civilizações pré-colombianas, costumam exercer grande fascínio nos dias de hoje, atraindo o interesse do público e despertando a imaginação. Exemplo desse fascínio é o fato de essas civilizações continuarem servindo de inspiração para autores de diversas obras de ficção (filmes, livros, histórias em quadrinhos etc.).

É o caso, por exemplo, do Império Asteca, geralmente associado a sacrifícios humanos feitos com o objetivo de satisfazer deuses sedentos de sangue. Essa sede por sangue que caracterizava os deuses cultuados pelos astecas inspirou até os cineastas Quentin Tarantino e Robert Rodriguez a realizarem o filme "Um Drink no Inferno", que conta a história de pessoas que são obrigadas a enfrentar vampiros num bar em algum lugar do México.

Numa das cenas finais do filme, quando os únicos sobreviventes do massacre promovido pelos vampiros saem do bar, vemos que o estabelecimento foi construído próximo ao local onde estavam as ruínas de um templo asteca, o que nos leva a concluir que, segundo o filme, os deuses astecas eram vampiros.


Além dos sacrifícios humanos, porém, há muitos outros aspectos interessantes da civilização asteca, que era muito mais complexa do que se imaginava. Nesta entrevista, o historiador Túlio Vilela responde a algumas perguntas que pretendem esclarecer dúvidas sobre esses habitantes do México, anteriores à chegada dos espanhóis.

Quais são as principais diferenças entre as pirâmides astecas e as pirâmides egípcias?

No Egito Antigo, as pirâmides foram construídas para guardar as tumbas com as múmias e os objetos de valor dos mortos. No Império Asteca, as pirâmides tinham função bem diferente: eram templos com altares onde eram realizadas cerimônias religiosas, sacrifícios humanos especialmente. Daí uma das características que diferenciam as pirâmides astecas das egípcias: a presença de grandes escadarias. Por exemplo, a pirâmide de Tenochtlán, cidade que era a capital do Império Asteca, tinha 114 degraus, todos caiados de branco.

De que época data essa pirâmide, ou melhor, quando ela foi construída?

Também conhecida como Templo Maior, essa pirâmide começou a ser construída no ano de 1375. Desde sua construção, a Pirâmide de Tenochtlán foi ampliada diversas vezes, a última delas em 1487, quando, durante quase uma semana, milhares de pessoas foram sacrificadas como oferenda aos deuses. As fontes divergem quanto ao número exato, algumas falam em 3 mil pessoas enquanto outras falam que teriam sido mais de 80 mil. A maior parte dessa obra foi destruída em 1521, após a chegada dos conquistadores espanhóis liderados por Hernán Cortéz.

Onde precisamente se localiza essa pirâmide?

Suas ruínas, foram descobertas, por acaso, em 1978, na Cidade do México, quando trabalhadores da companhia de energia elétrica encontraram um relevo com a imagem de uma deusa asteca. No topo dessa pirâmide, viam-se dois altares, um em homenagem a Huitizilopchtli, deus do Sol e da guerra, o outro em homenagem a Tláloc, deus da chuva e da fertilidade.

Os astecas eram descendentes dos egípcios?

Para a maioria dos arqueólogos e historiadores, as semelhanças entre as civilizações asteca e do Antigo Egito não passam de meras coincidências. Ou seja, o fato de que essas duas civilizações construíram pirâmides e cultuaram deuses ligados ao Sol - Rá, no caso dos egípcios, e Huitizilopchtli, no caso dos astecas - não pode ser entendido como prova de uma suposta ligação entre essas culturas.

Mas o que explica essas semelhanças?

Essas semelhanças são resultado de paralelismo, um fenômeno bastante comum na evolução cultural de diferentes civilizações: povos que jamais mantiveram contato entre si podem desenvolver características semelhantes, desenvolvendo soluções semelhantes para problemas semelhantes. Por exemplo, a maioria das civilizações antigas dependia muito da agricultura, que estava sujeita às mudanças climáticas, períodos de seca, de chuvas etc. Por isso, em várias culturas, de diferentes épocas e lugares, encontramos divindades ligadas à chuva, aos trovões e à fertilidade: Zeus, na mitologia grega, Thor, na mitologia nórdica, Tláloc, na mitologia asteca...

Também há uma grande diferença entre as épocas em que essas civilizações floresceram...

Claro, egípcios e astecas estavam muito separados no tempo e no espaço: enquanto a civilização egípcia surgiu no norte da África milênios antes de Cristo, o Império Asteca localizava-se na América do Norte e existiu do século 14 ao 16 da nossa Era. O que não impede que escritores de ficção e de livros sensacionalistas aproveitem essas semelhanças para lançar novas obras apresentando a ideia de que os astecas teriam alguma ligação com os antigos egípcios. O que é menos conhecido do grande público são as semelhanças entre a arte - pinturas, esculturas, templos com relevos, colunas com inscrições... - produzida pelos astecas e outras civilizações pré-colombianas, como são chamadas as culturas que já existiam na América antes da chegada de Colombo, com a arte produzida por antigas civilizações no Extremo Oriente, especialmente na China e na Índia.

É verdade que os astecas tinham conhecimentos de astronomia?

Sim. Foi por meio desses conhecimentos que os astecas puderam elaborar um calendário solar. Esse calendário era tão preciso que os historiadores, ao lerem textos astecas escritos antes da chegada dos espanhóis, podem saber em que ano exatamente ocorreu determinado fato. Por exemplo, sabemos que Tenochtlán, capital do Império Asteca, foi fundada no ano do calendário asteca que corresponde ao nosso ano de 1325. No entanto, os conhecimentos astronômicos dos astecas estavam muito mais ligados ao que hoje chamamos de astrologia (a crença de que os astros influenciam no destino das pessoas) do que com a astronomia propriamente dita (o estudo científico dos astros).

A que isso se deve?

Isso se deve ao fato de que a religião dos astecas era astral, isto é, baseava-se nos astros. Vale lembrar que os astecas entraram em contato com outros povos vizinhos e absorveram muitos elementos das culturas desses povos. Os maias, por exemplo, que viveram na península de Iucatã [região que hoje corresponde aos territórios da Guatemala, de Honduras e Belize], tinham astrônomos que previam com precisão os eclipses do Sol, descreviam as fases do planeta Vênus e elaboravam calendários. Embora os maias tenham, por razões que ainda permanecem misteriosas, abandonado suas cidades a partir do ano 900, muito antes do surgimento do Império Asteca, eles influenciaram os povos da região, espalhando seus conhecimentos.

Por que os astecas realizavam sacrifícios humanos?

Para compreender os sacrifícios humanos na religião asteca, é preciso conhecer a visão que os astecas tinham do mundo. Eles acreditavam que, antes da criação deste mundo, existiram outros quatro, que foram destruídos em catástrofes como dilúvios, terremotos e "chuvas de fogo". Segundo essa crença, este mundo também estaria fadado a ser destruído e substituído por outro. Para os astecas, portanto, tudo acontecia em ciclos que se repetiam: tudo o que acontece é uma repetição do que já aconteceu antes e se repetirá no futuro; este mundo foi criado e será destruído como aconteceu com os mundos anteriores e acontecerá com os mundos que surgirão depois deste. Para evitar esse destino, os astecas acreditavam que era necessário oferecer sangue humano para os deuses. Afinal, segundo a crença dos astecas, os deuses também deram o sangue deles.

Você pode dar um exemplo...

O mito de Quetzacoatl, deus com a aparência de uma serpente de plumas. Segundo o mito, no passado, Quetzacoatl tirou ossos do inferno e regou-os com o seu próprio sangue, concedendo-lhes vida. Assim, para os astecas, os seres humanos descendiam desses ossos que foram regados pelo sangue de Quetzacoatl. Quem teria imposto os sacrifícios humanos foi Tezcatlipoca, deus da noite, que teria expulso Quetzacoatl da cidade de Teotihuacán.

As guerras também tinham um aspecto religioso para os astecas?

As guerras desempenhavam importante papel na religião dos astecas, pois os prisioneiros de guerra eram sacrificados nas cerimônias religiosas. Por isso, do ponto de vista dos astecas, era mais interessante aprisionar os inimigos, para sacrificá-los depois, do que matá-los em combate. Com as conquistas de novos territórios pelos astecas, as guerras se tornaram mais raras. Para resolver o problema e obter novos prisioneiros de guerra para os sacrifícios, a solução encontrada pelos sacerdotes astecas foi a "guerra florida": torneios organizados com regras a serem cumpridas por todos os participantes. O resultado dos combates era interpretado como a expressão da vontade dos deuses: aqueles que fossem derrotados deveriam ser sacrificados para o deus Huitizilopchtli, deus do Sol e da guerra.

É de se supor que isso tudo chocou os espanhóis na sua chegada...

O costume asteca de realizar sacrifícios humanos revoltou os conquistadores espanhóis. No entanto, vale lembrar, a violência não era exclusiva dos astecas: os espanhóis que se revoltaram com os sacrifícios humanos tinham vindo da Espanha na mesma época em que os tribunais da Inquisição ordenavam torturas e condenavam pessoas à fogueira.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

10 perguntas e respostas para entender o conflito na Líbia


Foto: Getty imagens


Depois de um período sem se ouvir falar muito sobre o conflito na Líbia, a situação no país do norte da África voltou a ferver. Iniciados há seis meses, os protestos contra a mais antiga ditadura do mundo árabe evoluíram rapidamente para uma guerra civil com disputa armada pelo controle dos territórios e tem sido marcado por avanços e recuos de forçar rebeldes e governistas sobre cidades estratégicas.  Mas o ditador Muamar Kadafi, que havia conseguido controlar a situação por um tempo, sofreu várias derrotas nos últimos dias: as forças rebeldes capturaram seus filhos, tomaram parte da capital do país e tomaram um quartel de elite e renderam a guarda presidencial. Só nos últimos quatro dias, os combates em Tripoli, capital do país, fizeram mais de 400 mortos e dois mil feridos. Os rebeldes dizem que a guerra só acabará quando Kadafi for capturado e possa ser julgado. Seu paradeiro é desconhecido.
Com isso, a ditadura que está no poder há 42 anos foicolocada em xeque. Para ajudar você a entender de uma maneira geral o que está acontecendo, listamos 10 perguntas que foram respondidas com a ajuda do professor Samuel Feldberg, coordenador do Laboratório de Estudos sobre a Intolerância e pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais, ambos da USP.

1- O que motivou o conflito na Líbia?
Tudo começou há seis meses como resultado de demanda de uma parcela da população que não está representada no governo de Muamar Kadafi, no poder desde 1969. São habitantes do leste do país, na fronteira com o Egito que, influenciados pelas manifestações que ocorreram antes na Tunísia e no Egito, também passaram a reivindicar maior participação na distribuição da riqueza da Líbia e maior representatividade junto ao governo. Há cerca de 10 grandes tribos no país, subdivididas em várias outras. Mas o ditador favorece enormemente a pequena tribo a que pertence (a dos Kadafa) e as elites são extremamente corruptas.
2- Quem são os rebeldes?
O grupo é uma combinação de todas as camadas da população líbia, lideradas por uma classe média mais bem educada. Mas o esforço é da grande massa. Sem ela, o grupo não teria conseguido tantas vitórias na guerra. Em sua origem imediata, os rebeldes talvez não tivessem imaginado que isso poderia resultar na substituição do governo, mas a reação comandada por Kadafi foi tão severa e fez com que a situação atingisse uma proporção enorme que provavelmente levará à sua queda.
3- Com que armas os rebeldes estão lutando?
No geral, eles têm armas relativamente rudimentares, com equipamentos montados sobre caminhonetes. Mas estão conseguindo equipamentos melhores através da tomada de áreas com arsenais do governo e conforme vão conseguindo o apoio de dissidentes do exército e das forças armadas em geral.
4- Se a Kadafi está no poder há tanto tempo, por que não houve nenhuma reação antes?
O governo ditatorial de Kadafi existe desde o fim década de 60. Sempre houve elementos dissidentes, mas o governo tinha grande apelo popular e os seus oponentes não eram tão organizados como agora. Mesmo sendo uma distribuição injusta, a população geral se beneficiou de alguma forma com parte dos recursos da exportação do petróleo. O padrão de vida de sua população é um dos melhores da África: o país possui o maior Índice de Desenvolvimento Humano, ou IDH, do continente (0,755 numa escala de 0 a 1).  Mas as manifestações ocorridas nos  países vizinhos mudaram tudo e incentivaram a população a agir.
5- Em que situação estão os outros países da chamada Primavera Árabe, onde estão ocorrendo protestos por democracia?
Estão ocorrendo manifestações na Síria, mas não se sabe como eles vão se desenrolar. Espera-se que haja alguma mudança nos territórios controlados pela Autoridade Nacional Palestina e pelo Hamas. Até em Israel estão ocorrendo reivindicações por questões sociais. No Barein, as revoltas foram controladas com violência pelo governo. No Iêmen, o presidente foi obrigado a se exilar depois de atentados.
6- Como deve evoluir a situação para esses países?
Ainda é muito cedo para se concluir qualquer coisa, pois tudo está ainda muito instável.
7- O que deve acontecer com Kadafi?
Ele provavelmente vai cair, mas ninguém sabe quanto tempo isso vai levar, se vai gerar ainda mais violência, se ele vai se exilar em algum lugar ou se vai morrer lutando.
8- Por que os líbios estão levando mais tempo para derrubar a ditadura do que outros países?
No Egito, o ditador caiu sem luta porque o poder, assim como antes, ainda está nas mãos dos militares. Na Líbia, a proposta é substituir todo o governo, tanto o ditador quanto o grupo que ele lidera. E tem o caráter econômico: a população estava vivendo em melhores condições do que em outros países africanos.
9- A queda do ditador líbio pode ter algum efeito no resto do mundo?
Não terá nenhum efeito prático. A Líbia é pouco importante do ponto de vista da influência que essas mudanças podem ter no mundo. O país tem petróleo, mas não tanto, e o governo de Kadafi adotou uma política que isolou a nação do resto do mundo. Mas o país pode se tornar símbolo da capacidade de grupos rebeldes derrubarem um governo que estava há tanto tempo no poder. O presidente da Síria, por exemplo, cuja ditadura está sendo também ameaçada por protestos, deve estar olhando para essa situação com preocupação.
10- Que posição os õrgãos internacionais tomaram nesse conflito?
O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução com o congelamento do patrimônio de Kadhafi e 10 membros de seu círculo íntimo e impôs uma zona de exclusão aérea sobre o território líbio (o governo brasileiro se absteve de votar a favor por considerar que se tratava de um assunto de soberania daquele país), e isso impediu à força aérea da Líbia atuar contra os rebeldes. Foi um elemento importante , sem o qual eles provavelmente teriam sido massacrados pelo governo. A OTAN iniciou uma intervenção militar no país em março, que deverá ser mantida até que Kadafi deixe o poder.


Fonte:  super.abril.com.br

FURACÃO IRENE ARRASA COSTA LESTE DOS E.U.A

O furacão Irene, que deixou pelo menos seis mortos em sua passagem pelo Caribe, chegou à costa leste dos Estados Unidos por voltas das 8h deste sábado (27), no horário local (9h, no Brasil). Ao todo, sete estados no país estão em emergência. Cerca de 2 milhões de pessoas foram orientadas a sair de casa, entre elas, o presidente norte-americano, Barack Obama, que interrompeu as férias na região.

Os ventos máximos sustentados pelo furacão atingem a velocidade máxima de 140 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês) dos Estados Unidos. Mais cedo, o furacão foi classificado como de categoria 1 – de menor intensidade (em uma escala que vai até 5) -, de acordo com o NHC. 
Este é o primeiro ciclone que chega ao território dos EUA desde que 'Ike', em 2008, tocou terra em Galveston, no Texas. O Irene começou a a castigar nesta sexta-feira (26) o litoral da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, com fortes ventos, chuvas torrenciais e ressaca. As condições do clima têm piorado desde a madrugada deste sábado e o furacão já causa inundações e quedas de energia generalizadas.
Mais de 250 mil pessoas estão sem energia. O furacão deve chegar à Nova York neste fim de semana. Na região, todo o transporte público foi interrompido e 250 mil pessoas terão de deixar suas casas. Pontes e túneis foram interditados e há risco de corte de energia.
Furacão Irene atinge a Carolina do Norte (Foto: Jose Luis Magana/AP)
Furacão Irene atinge a Carolina do Norte (Foto: José Luis Magana/Reuters)

furacão Irene (Foto: AP)

Está vigente um aviso de furacão (passagem do sistema em 36 horas) desde Nova Jersey e Nova York até a costa de Massachusetts, incluindo as ilhas de Martha's Vineyard e Nantucket. Permanece em vigor uma vigilância de furacão (passagem em 48 horas) para o norte de Sandy Hook, em Nova Jersey, até a desembocadura do rio Merrimack, em Massachusetts.
Voos canceladosDiversas companhias aéreas cancelaram voos entre este sábado e domingo (28) à costa leste do país e todos os previstos para Nova York. Entre as companhias que mudaram os planos de voos estão Air France, American Airlines, AirTran Airways, JetBlue Airways, Delta Air Lines e Southwest Airlines. Ao todo,  5 mil voos foram cancelados.
No caso da Air France, foram suspensos também neste sábado os voos para Washington. Com destino a Boston, no entanto, não houve cancelamentos. Para o domingo, a situação deve se inverter nas duas localidades, pelo menos no que diz respeito aos voos da Air France.
O presidente americano, Barack Obama, decretou estado de emergência na Carolina do Norte, Nova York, Virgínia e Massachusetts, estados em que está previsto a passagem do furacão nas próximas horas.

Fonte: G1.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Atenção!!! Galerinha do 9º ano ...

Não esquecer de providenciar material para nossa aula da próxima semana...
Montar os mapas da CEI identificando as diversas etnias, religiões e regiões de conflitos!

Vamos caprichar no trabalho, valerá nota e será realizado em SALA na próxima semana!

Cheiro,
Tia Joyce.

Alunos do 9º ano do colégio Santa Maria!! Aula dia 23/08/2011



Aula na sala de informática com a lousa digital!! Foi muto bom! :)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ATIVIDADE para a galerinha do 9º sobre o capítulo 12.

Depois da nossa aula na lousa digital sobre os países que compõem a CEI, vamos responder agora a atividade para fixar o conteúdo meus queridos...

01) Leia o quadro da pág.16 da sua apostila e responda aos seguintes itens:

a) Qual a finalidade finalidade da criação da CEI?
b) Quais as três repúblicas da ex-URSS que optaram por não fazer parte da CEI?
c) Porque a Geórgia preferiu desligar-se da CEI?
d) Quais os países que fazem parte atualmente da CEI?

02) Qual o ponto forte da economia Ucraniana?

03) Por que a Ucrânia é considerada um dos maiores exportadores de aço do mundo?

04) Porque a Ucrânia é conhecida como o celeiro da CEI?

05) Em que Belarus se diferencia da Ucrânia?

06) Porque Minsk foi escolhida para ser a sede da CEI?

07) Descreva a localização da Armênia.

08) Porque  a Armênia possui uma relação conflituosa com o Azerbaijão?

09) Porque o Azerbaijão é tido como o país de economia mais sólida da região do Cáucaso?

10) Pesquise na internet ou em livros o que á a região do cáucaso.

11) Qual o país mais extenso e o país mais populoso da CEI?

12) A economia do Cazaquistão está baseada em que?

13) Qual a relação entre o Cazaquistão e os Estados Unidos e a União Europeia?

14) Em que se baseia a economia do Uzbequistão?

15) Em que se baseia a economia do Quirguistão?


16) Para finalizar nossa atividade desenha um mapa dos países da CEI e divida-os com a seguinte legenda:
PAÍSES QUE FAZEM PARTE DA EUROPA ORIENTAL
PAÍSES QUE FAZEM PARTE DA REGIÃO DO CÁUCASO
PAÍSES QUE FAZEM PARTE DA ÁSIA CENTRAL


Boa atividade!!
Cheiro da Tia Joyce!